AS FAKE NEWS E A IMPORTÂNCIA DO ENFRENTAMENTO DO TEMA COM A PROXIMIDADE DAS ELEIÇÕES

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A internet está a todo o momento nos mantendo informados sobre tudo o que acontece no mundo. As redes sociais, a exemplo do whatsapp, facebook e instagram, por sua, vez são as maiores fontes de notícias para os brasileiros. No entanto, obviamente, nem toda notícia que circula na rede é verdadeira.

Quando isto acontece – geralmente através das redes sociais – estamos diante do que alguns vêm chamando de fake news (notícias falsas), que pode, muitas vezes, ter o potencial destrutivo para aqueles que são vítimas desse tipo de informação equivocada.

As consequências que podem advir das fake news não devem ser desprezadas e devem ser vistas, portanto, como um verdadeiro problema social, que merecem bastante atenção e conscientização. Nesse aspecto, a educação digital deve ser trabalhada e amadurecida, sob pena de prejudicar, ou mesmo contaminar, o direito à liberdade de expressão e ao uso democrático da internet.

Ora, em tempos em que as informações circulam numa velocidade recorde, sejam tais informações verdadeiras ou falsas, o tema é, de fato, relevante e vem gerando intensos debates na sociedade e nos meios de comunicação como um todo, que vêm pensando em meios para inibir a proliferação de conteúdos inverídicos ou distorcidos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por exemplo, com a aproximação das eleições de 2018, vem demonstrando maior preocupação com as fake news, de modo que vem defendendo com maior ênfase a adoção de alguns meios para combater essa nociva prática, principalmente num momento em que o cenário político tem se mostrado bastante polarizado ultimamente.

A preocupação é pertinente, eis que não há dúvida que a utilização das fake news pode chegar, inclusive, a prejudicar a análise crítica do eleitor no momento de fazer a sua escolha por um candidato ou outro, intervindo diretamente no resultado das eleições e do processo democrático de escolha dos representantes do povo.

Alguns Ministros do TSE já têm defendido a necessidade de aprovação imediata de uma regulamentação da propaganda eleitoral na internet como alternativa de freio à proliferação dos boatos. O tema é tão preocupante que também tem sido alvo de interesse por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal e do próprio Exército.

Veja abaixo algumas dicas básicas, que ajudam a evitar que você seja induzido a acreditar numa fake new:

Redação – Verifique sempre a forma de escrita e o emprego correto do português.

 Fonte – Verifique sempre quem são as fontes daquele que está divulgando a notícia, bem como se aquele conteúdo já está sendo divulgado em algum canal de comunicação de maior ou reconhecida credibilidade.

Agressividade / ironia / sensacionalismo / preconceito: Verifique se existe alguma espécie de tendência e direcionamento no tom da notícia, tais como agressividade, preconceito, ironia, humor e sensacionalismo, ingredientes estes que geralmente atraem a atenção do leitor e são características comuns nas fake news.

Pesquise:  Leia mais. Busque informações sobre a idoneidade da publicação em várias fontes confiáveis. Saiba um pouco mais sobre o autor da notícia e quais os valores que o mesmo defende, ou já defendeu. Verifique a data. Consulte especialistas quando houver dúvidas.

Em caso de mínima dúvida sobre a credibilidade da notícia e de suspeita de se tratar a mesma de uma fake new, o nosso conselho é que opte sempre por não compartilhar a mesma, até que se confirme a veracidade daquele conteúdo.

Lembre-se que, em se falando do período eleitoral, ao compartilhar uma fake new de cunho político-partidário, você pode estar contribuindo, direta ou indiretamente, para atrapalhar o processo democrático das eleições, algo que deixará o nosso cenário político ainda mais nebuloso e incerto, prejudicando a todos brasileiros, incluindo a você.

Não é demais lembrar que uma fake new também é capaz de gerar injustos danos de ordem material ou moral (algumas vezes irremediável) na vida de alguém, o que pode eventualmente vir a ensejar, obviamente, a responsabilização nas esferas cível e criminal daqueles que criam e compartilham esse tipo nocivo de informação. Pense nisso!

Fortaleza, agosto de 2018.

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