A IMPORTÂNCIA DA EMPATIA NA NEGOCIAÇÃO JURÍDICA.

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Recentemente, nosso escritório foi contratado para atuar na mediação de um conflito entre sócios de uma empresa, que poderia resultar na sua dissolução, cisão ou na compra e venda de quotas entre eles.

Como forma de resolver a situação, agir como verdadeiros mediadores e intermediários nessa negociação era primordial.

A mediação é um método extrajudicial de resolução de conflitos consistente no diálogo entre as partes com a colaboração de um terceiro imparcial e facilitador da comunicação, o mediador.

Na negociação, muitas vezes lidamos com as mágoas e os erros cometidos por ambas as partes e que podem vir à tona dificultando-a. Nesse momento, o papel do advogado não se restringe apenas em alertar sobre as eventuais questões jurídicas, mas também em agir como um verdadeiro “terapeuta” para promover uma aproximação entre os indivíduos e permitir a fluidez da comunicação em um nível adequado para o consenso.

Daí a necessidade de ser empático à situação daqueles que estão negociando. No caso, a empatia consiste na capacidade psicológica para sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

O trabalho do mediador não se resume a lidar com as propostas postas à mesa pelos dois lados. Busca entender a intenção das partes mesmo quando não conseguem se expressar e compreender os seus sentimentos e as suas emoções. Justamente por isso, a empatia revela-se essencial para o sucesso do procedimento de mediação.

Além disso, nesse momento de pandemia, estão surgindo demandas de negociações contratuais e muitas vezes ambos os lados precisam ceder para manter o equilíbrio do ajuste, circunstâncias que demonstram a necessidade de empatia não só do advogado, mas também das partes negociantes.

Caso estes olhem apenas para o seu lado, é nosso dever, como terceiros alheios à situação, mostrar-lhes os benefícios de uma negociação extrajudicial para otimizar, racionalizar e, se possível, evitar o aumento desnecessário do trabalho do Poder Judiciário.

Um ditado popular diz que “é melhor um mau acordo do que uma boa demanda”. Ou seja, se as partes em um litígio acordarem entre si, o resultado desse acordo, mesmo inferior ao pretendido na ação judicial, pode ser mais benéfico.

Fica claro, portanto, que a empatia é uma força poderosa para o sucesso de uma negociação, pois ao final ambas as partes saem ganhando e nós advogados sempre aprendendo com os nossos clientes.

Que sejamos empáticos!